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Visão do Parceiro: Panorama Econômico Global e Doméstico 2026

29/10/2025 04:53

A cada três meses convidamos especialistas do mercado para compartilhar suas leituras sobre o cenário econômico no Brasil e no mundo na coluna Visão do Parceiro. Nesta edição, Andressa Castro, economista-chefe da BNP Paribas Asset Management Brasil, prevê que cenário externo em 2026 será de volatilidade persistente e dólar enfraquecido, com economia americana estável e China em desaceleração.

Cenário externo

Incerteza elevada e dólar fraco continuarão sendo os principais temas para 2026. Do lado dos EUA, o crescimento econômico deve se manter próximo ao potencial, em torno de 2%, estimulado pelos cortes de juros (nessas últimas reuniões desse ano), impulso fiscal e performance positiva da bolsa americana. Por outro lado, as tarifas continuarão pesando sobre as decisões de investimentos, a dívida do governo americano seguirá crescendo de maneira insustentável e o comportamento errático de Trump continuará corroborando a busca por diversificação, com investidores estrangeiros hedgeando posições em dólar, reduzindo o “overweight” acumulado durante os últimos anos. Do lado da China, o crescimento econômico deve continuar desacelerando, com o setor de imóveis anêmico, população envelhecendo e excesso de oferta. Nesse cenário, a China continua exportando deflação para o mundo, se pautando na produção industrial e setor externo. Na Europa, o crescimento deve se beneficiar pelo impulso fiscal da Alemanha e afrouxamento da política monetária efetuado ao longo desse ano. Com o ECB mantendo os juros no patamar atual e o Fed cortando, reduz-se o diferencial de juros entre Estas Unidos e Zona do Euro, sustentando o dólar me patamar mais desvalorizado. 


A seguir nossas projeções para o cenário doméstico:   

Atividade: esperamos uma desaceleração benigna do crescimento para o ano que vem. Ao longo de 2026 a economia ainda sentirá o efeito da taxa de juros a 15%, visto que o horizonte de efeito da política monetária é de 12 a 18 meses. O setor de crédito ainda será o principal motor da desaceleração, ao passo que o mercado de trabalho continuará se sustentando, estimulado por impulsos fiscais e demanda aquecida diante de um crescimento elevado da massa salarial. Além disso, a elevação do piso de isenção do IR e estímulos relacionados à eleição também garantirão a sustentação da demanda. Portanto, esperamos um crescimento de PIB para 2026 acima do consenso do Focus.  

Inflação: a valorização do Real ao longo deste ano ainda será um dos principais vetores para a moderação da inflação para o ano que vem, combinado ao arrefecimento da atividade. Nossa projeção indica que a inflação passará a rodar dentro da banda de tolerância, ao longo do ano que vem, fechando em 4% ao final de 2026. A inflação de serviços deve desacelerar para próximo de 5,5%, enquanto a inflação de bens industriais roda em patamar mais baixo, próxima de 3%. Essa desaceleração da inflação será suficiente para que o BC inicie o ciclo de corte de juros. 

Política monetária: diante do arrefecimento da inflação, acreditamos ser possível que o BC reduza parte do aperto monetário atual, reduzindo a taxa de 15% para 11,75% ao longo do ano que vem. Prevemos espaço para o início das quedas de juros a partir de janeiro, embora isso vá de fato depender de variáveis como câmbio, atividade e inflação corrente. O ritmo de cortes permite que o ajuste seja feito por completo antes da eleição. Esse nível (11,75%) ainda é considerado restritivo e é possível que haja posteriormente uma retomada do ciclo de cortes a depender do resultado das eleições e possibilidades de ajuste fiscal no próximo governo. 

Eleição: acreditamos que ainda seja cedo para delinear cenários para o pós-eleição. Esperamos uma eleição disputada, na qual não será possível distinguir com clareza qual será o vencedor antecipadamente.  

DISCLAIMER: Este documento foi produzido pelo Banco BNP Paribas Brasil S.A. ou por suas empresas subsidiárias, coligadas e controladas, em conjunto denominadas 'BNP Paribas Brasil’, com fins meramente informativos não se caracterizando como oferta ou solicitação de investimento ou desinvestimento de ativos. A BNP Asset Management Ltda. é a instituição devidamente autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários como prestador de serviços de administração de carteiras categoria gestor de carteira.

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